DEJGRAN

DEJGRAN, um novo conceito tecnológico para tratamento de dejetos de
animais como suínos e aves, para produção de adubo orgânico ou
organomineral, reconhecimento de maior poder de fertilização. A nova
tecnologia é fruto de anos de estudos que resultaram no desenvolvimento
de um complexo industrial que reduz para minutos o processo da
compostagem e transforma dejeto em adubo granulado. É uma revolução no
tratamento de dejetos para fins comerciais, com sua transformação em
adubo, orgânico ou organomineral, agregando renda extra ao produtor e
contribuindo para aumentar a produtividade na lavoura de grãos, além de
preservar a natureza!
NOVA ERA NA SUINOCULTURA

NOVA ERA DA POLÍTICA ECONÔMICA E AMBIENTAL NA SUINOCULTURA.
A muito que a suinocultura deixou de ser uma cultura de subsistência, e passou a assumir um importante papel na geração de renda para grandes, médios e pequenos produtores. Além de ser responsável pela receita principal de grandes integradoras, fabricas de ração e distribuidoras de genética, que geram direta e indiretamente milhares de empregos. Temos ainda orbitando em torno deste pequeno universo varias atividades profissionais, que visam saúde e bem estar dos animais. Sabemos ainda que as exportações contribuem significativamente para o equilíbrio da balança comercial.
INÍCIO DO CICLO ECONÔMICO NA SUINOCULTURA.
Indiferente se o produtor será independente ou integrado, desde a elaboração do projeto ate sua conclusão, para que atenda a todas as exigências impostas pelas integradoras e pelos órgãos ambientais de cada estado, são custos, na maioria das vezes financiados via bancos. Quando a granja mostra-se apta para o recebimento dos animais, seja para UPL (unidade de produção de leitões) CC (ciclo completo) ou UT (unidade de terminação) é que tem início o retorno financeiro e a geração de renda, seja ela em escala industrial ou famíliar . As UPLs geram sua receita com a comercialização dos leitões produzidos, as CCs e as Uts quando da entrega dos animais prontos para o abate, atendendo ao peso exigido pelo mercado de cada região. Deduzido os gastos do valor recebido, obtêm-se o lucro líquido de cada ciclo na granja. Simplificando, podemos ver que a única fonte que gera renda para o produtor, (não estamos falando de distribuidores de genética, mas sim de produtores finais) é o suíno em sí, se resume ao comercio da carne, todos os outros agentes que cercam a cadeia, profissionais, alimentação, remédios e tratamento de dejetos são custos.
EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS DOS DEJETOS NA SUINOCULTURA.
Podemos, sem medo de sermos caluniosos, apontar os dejetos como um dos maiores (senão o maior) entrave na atividade suinícola atual. A preocupação com os mesmos inicia-se antes mesmo da instalação da pocilga, pois, para que se tenha autorização ambiental dos órgãos responsáveis de cada estado, é necessário que seja apresentado um projeto especificando o destino que se dará aos dejetos, informando a área útil que irão recebê-los seguindo as legislações ambientais, para que então seja definido o numero de animais que possam ser alojados na granja. Nas regiões norte, nordeste e centro-oeste este problema é minimizado pelas imensas áreas disponíveis que abrigam outras culturas, tais como: milho, soja, cana- de-açucar e pastagens, já na região sul, principalmente o oeste Catarinense, onde se concentra a maior produção nacional, o cenário é totalmente o oposto, com pequenas áreas familiares e geograficamente desfavoráveis, a atividade torna-se um grande desafio. Com o projeto aprovado, inicia-se então trabalhos e gastos com: biodigestores (para quem optar por eles), horas maquina e mão- de- obra para lagoas de decantação e contenção, compra de equipamentos para sua distribuição na lavoura, combustível para os veículos que irão realizar o trabalho. Temos ainda o passivo a ser computado: férias, decimo terceiro e impostos com mão-de-obra assalariada, depreciação e manutenção com máquinas e equipamentos. Segundo o Dr. Paulo Armando, pesquisador da EMBRAPA suínos e aves, em palestra no primeiro fórum de suinocultura de baixa emissão de carbono, realizado em Marechal Cândido Rondon- PR, o custo para a distribuição dos dejetos, é de R$ 2,00 para áreas planas, podendo chegar a R$ 8,00 em terrenos acidentados. Apesar de adotados todos os cuidados, os dejetos ainda põem a suinocultura como uma das mais poluidoras atividades do agronegócio. Como vimos acima, os dejetos além de onerosos, são o principal agente que restringe o aumento do plantel, consequentemente reduzindo a perspectiva de lucro que a atividade pode gerar.
O QUE VEM SENDO FEITO A RESPEITO.
Diversos órgãos públicos e privados, vem nos últimos anos realizando uma ampla e completa pesquisa sobre o uso de dejetos como fertilizante nas mais variadas culturas agrícolas, e em todas, sejam elas da Embrapa, Epagri, Epamig ou das diversas universidades que se aprofundaram no assunto, as conclusões são unânimes, quando utilizados de forma correta, os dejetos substituem com vantagens a adubação química. Porem o uso dos dejetos in-natura só podem ser feitos em áreas circunvizinhas a granja, sua exportação para outras regiões seria economicamente inviável, pois a energia gasta seria maior que o retorno adquirido.
Quando em 2009, na cidade de Cascavél-Pr a Embrapa em conjunto com a Copacol, cvale, coagru, copagril, lar, Coopavel,coodetec e Iapar reuniram-se para um estudo que visava apresentar resultados de pesquisas e propor soluções para os problemas gerados pelos dejetos oriundos da suinocultura, concluíram que:
- resultado das pesquisas mostraram que o organomineral é mais eficiente que o químico, que foi superado ate mesmo pelo super simples como fertilizante.
- a utilização deste fertilizante fecharia o ciclo onde o resíduo de uma atividade, torna-se em potencial insumo para outra, assim conseguiremos integrar todo potencial produtivo disponível na propriedade, teríamos portanto, produção sustentável, prudência ecológica com crescimento econômico.
Para que tal feito fosse realizado, foi proposto a instalação de indústrias granuladoras de dejetos, para que se pudesse fazer o fertilizante organomineral, viabilizando o armazenamento, transporte e o uso em plantadeiras com aplicação no plantio direto.
No entanto, dois fatores inviabilizaram o projeto.
-morosidade no processo.
Antes de ser granulado, o dejeto deveria passar por compostagem, processo que leva entre 120 a 180 dias.
-inviabilidade econômica.
a planta, contemplando construção civil, equipamentos e deposito, foi na época orçada em R$ 26.OOO.000,00 (vinte e seis milhões de reais).
Atualmente, coordenado pelo ministério da agricultura contando com o apoio do IICA, ABCS e da Embrapa suínos e aves, fóruns para a divulgação da agricultura de baixa emissão de carbono (plano ABC) vem sendo realizados nas principais regiões produtoras de suínos do Brasil, que entre outros objetivos, busca novas tecnologias para o tratamento de dejetos suínos, que de acordo com o secretário Caio Rocha, é fundamental dentro do plano ABC.
Segundo o Dr. Fabiano Coser consultor do MAPA, em palestra no mesmo fórum realizado em Marechal Cândido Rondon, quando o assunto é dejeto suíno, devemos pensar não em tratamento, mas sim em aproveitamento, pois o aproveitamento dos dejetos como fertilizante (palavras do Dr. Fabiano Coser) pode gerar mais lucro que o próprio suíno.
CAPACIDADE DE ABSORÇÃO PELO MERCADO PARA A PRODUÇÃO EM GRANDE ESCALA DE ADUBO ORGÂNICO E ORGANOMINERAL.
Segundo o Ministério da Agricultura, o comércio de fertilizantes está em torno de 20 milhões de toneladas ao ano. Porém, as nossas produções de adubo químico mantêm-se as mesmas há anos, com aproximadamente 7,5 milhões de toneladas.
Outro dado interessante fornecido pelo MAPA, é que haverá maior incremento da produção agropecuária do que expansão de área na próxima década, obviamente devido ao aumento de tecnologia e consequentemente a utilização de mais adubo nas lavouras. Só ai já temos um déficit de 12,5 milhões de toneladas ao ano.
Vamos analisar agora duas das seis metas do MAPA no plano ABC a serem atingidas até o ano de 2020.
-Recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas.
- Ampliação do uso de tecnologias para tratamento de 4,4 milhões de m3 de dejetos animais.
Resultado na recuperação de pastagens com dejetos de suínos, pesquisa feita pela Embrapa e pela universidade federal de Goiás em uma fazenda em Rio Verde GO.
A adubação de Brachiaria brizantha cv. Mandaru, com doses crescentes de dejetos de suínos, mostrou um incremento de 156% na produção de matéria seca por hectare e a qualidade da proteína na matéria seca melhorou 230%. Com dados desta pesquisa realizada pelos mais competentes órgãos, podemos dizer que os números falam por si só, quanto a eficácia dos dejetos suínos na recuperação de pastagens.
Para que conseguíssemos atingir a meta até 2020 de tratar para posterior aproveitamento de 4,4 milhões de m3, o que se equivale a 4,8 milhões de toneladas de dejetos, teríamos que produzir 1,2 milhões de toneladas ano ou 100 mil toneladas mês, simplificando: seria necessário que se produzisse 138,8 toneladas hora, 24 horas por dia durante 04 anos para
Gerar adubo que atenderia menos de 1/3 da demanda necessária para atingir a meta da recuperação das pastagens degradadas, e isso falando em uma única aplicação. Outro comparativo, se fizermos este mesmo volume de adubo durante um ano, teríamos adubo para suprir 8% apenas do déficit anual de adubo químico nas lavouras.
Com isso temos a prova que a demanda, seria infinitamente superior a oferta de adubo orgânico e organomineral.
NO ENTANTO JÁ EXÍSTE SOLUÇÃO PARA TODOS ESSES PROBLEMAS. E PODEMOS NOS ORGULHAR, POIS ELA É BRASILEIRA.
A quatro anos, a construmetal, em parceria com suinocultores da região oeste paranaense, iniciaram um projeto que visava a produção de adubo orgânico a partir dos dejetos gerados pelos suínos alojados em sua propriedade.
Porém, conhecendo a ineficiência e custos no processo de peletização, e a morosidade
da compostagem, é que iniciou-se então a busca pela granulação dos dejetos sólidos
já a partir de sua saída da pocilga.
Houveram várias tentativas, em algumas não conseguia-se a formação do grânulo,
em outras esfarelava-se logo após a granulação, com diversos testes em compostos
agregados, e ajuste dos equipamentos, obtivemos sucesso em atingir o resultado almejado.
O processo.
A propriedade, em que a fábrica piloto está instalada, aloja dois mil suínos em fase de terminação, gerando aproximadamente 1 ton. de dejetos sólidos dia.
Na saída da pocilga foi construído um reservatório com capacidade para abrigar os dejetos sólidos e líquidos gerados em dois dias.
O conteúdo do reservatório é então liberado, onde passa por um equipamento, onde até 65% dos dejetos sólidos incluindo até mesmo os pelos dos animais são separados, liberando apenas a água com micronutrientes para os biodigestores ou lagoas de decantação.
Em seguida os dejetos recebem aditivos de outros compostos orgânicos e são encaminhados a um outro equipamento que faz sua granulação, sendo então transportados para silos resfriadores, estando assim, o adubo orgânico granulado pronto para a sua utilização em plantadeiras, espalhadores ou armazenamento em sacas, bags e silos, ou para transporte a granel.
-A capacidade desta fábrica piloto, é de processamento de 2 ton. hora. Porém, os equipamentos
podem ser dimensionados para maior produção, atendendo a projetos maiores.
O produto.
Por ser um adubo granulado, abre-se ao contato com um mínimo de umidade do solo,
tendo assim resultado imediato como fertilizante.
pela sétima safra consecutiva, apenas o adubo gerado na propriedade é utilizado,e a produção de grãos vem tendo aumentos sucessivos. Na última safra foram colhidas 202 sacas de soja de média por há.
O solo.
Em recente visita a propriedade, o secretário de agricultura de Toledo. Sr. José Augusto, e o presidente dos suinocultores do oeste paranaense, Sr. Norberto, surpreenderam-se positivamente ao ver que, mesmo com o solo descoberto após dez dias da colheita do milho e a alguns dias sem chuva encontravam-se minhocas por toda a área de cultivo. Constatamos assim na prática, que o uso correto apenas de adubo orgânico devolve vida ao solo.
UMA NOVA VISÃO PARA A SUINOCULTURA
Ao obtermos sucesso no desafio imposto pelos dejetos de seu tratamento e aproveitamento, podemos afirmar que a suinocultura passará por uma transformação significativa. As razões que nos levam a acreditar nisso são muitas, a atividade perderá o estigma de vilã ambiental, pois deixará de gerar passivos nocivos ao meio ambiente, e passará a ser produtora de fertilizante orgânico, adubo esse que hoje é sinônimo de saúde, bem-estar e respeito pela natureza. Em um simples revés a atividade se tornará uma grande heroína das causas ambientais.
Os suinocultores, principalmente os pequenos, deixarão de ter seus plantéis restritos, pois não só darão destino apropriado aos dejetos, mas estarão também contribuindo para que metas nacionais sejam atingidas, podendo desta forma dobrar até mesmo triplicar o número de animais em uma mesma granja, consequentemente seus lucros.
Por fim, esta nova tecnologia traz pela primeira vez na história da suinocultura a possibilidade de uma segunda fonte de renda dentro da atividade, transformando seus problemas em lucro.
A suinocultura em um novo tempo!
Chega ao mercado, neste início de 2016, um novo conceito tecnológico para tratamento de dejetos e sua transformação em adubo orgânico ou organomineral.

A suinocultura está ingressando em um novo tempo!
Está entrando em operação, numa granja de 3.000
suínos, em Monte Castelo, Santa Catarina, um novo equipamento que produz
até duas toneladas de adubo orgânico por hora, oferecendo uma excelente
oportunidade de renda extra ao produtor, a partir do uso dos dejetos.
Na verdade, o processo esteve sob estudos, análises e ajustes do equipamento nos últimos quatro anos, em um complexo piloto instalado em uma granja de suínos no interior de Matelândia, no Oeste do Paraná. O complexo tem capacidade de produzir até duas toneladas de adubo/hora.
A nova tecnologia foi desenvolvida pela empresa Construmetal, de Cascavel, sendo identificada pelo nome "DEJGRAN", uma conjunção de "dejeto" e "grânulo", já que o adubo orgânico é produzido na forma de grânulos, poucos minutos após a primeira fase do processo, que é a separação de sólidos e líquidos, e sai pronto para ser lançado na lavoura.
APOIO DA APS
Associação Paranaense de Suinocultores (APS) está referendando este novo conceito tecnológico e indicando sua utilização como solução para a questão dos dejetos e para fazer frente aos custos de produção.

Por se tratar de uma tecnologia que trará grandes
benefícios ao produtor, tanto na questão ambiental, quanto em termos
econômicos, gerando uma oportunidade de negócio às granjas de suínos,
"Podemos estar diante de uma nova era na suinocultura, em termos econômicos e ambientais", assinala o presidente da APS, Jacir Dariva, que há anos também enfrenta o desafio que é o tratamento e a devida
destinação dos dejetos em suas propriedades. "Com a evolução da atividade, inclusive pela sua importância econômica, é preciso que a suinocultura seja sustentável em todos os aspectos, e tudo que vem em benefício do produtor é bem-vindo. Nesse caso, temos uma alternativa que deve tirar o rótulo da suinocultura de vilã do meio ambiente e transformá-la em uma grande aliada da preservação, além de significar uma fonte de renda a mais para o produtor, sempre prejudicado na questão dos custos de produção e do preço pago pelo suíno produzido", pontua Dariva.
De fato, há muito a criação de suínos deixou de ser uma cultura de subsistência e passou a assumir um importante papel na geração de renda para grandes, médios e pequenos produtores, além de ser responsável pela receita principal de grandes integradoras, fábricas de ração e de empresas de genética animal, que por sua vez geram direta e indiretamente milhares de empregos no campo e na cidade.
Orbitando em torno da suinocultura, outras várias atividades empresarias contribuem também para a geração de emprego e renda. São negócios que visam à saúde e o bem estar dos animais, assim como facilitar seu manejo e confinamento. Sabe-se, ainda, que as exportações da carne suína têm contribuído significativamente para o equilíbrio da balança comercial do Brasil.
Reportagem: Grupo Gessulli

Nova tecnologia transforma dejetos em adubo, gerando oportunidade de renda ao suinocultor
Além de solucionar a questão dos dejetos, um novo sistema tecnológico proporciona renda extra ao produtor com a venda do adubo.Segunda-feira, 21 de Março de 2016, 09:18:54Empresas, Meio Ambiente
Uma nova tecnologia chega ao mercado como solução ambiental e de geração de renda extra ao produtor, com a transformação de dejetos em adubo, contribuindo também para a produção de bioenergia nas granjas, pois o complexo é instalado antes dos biodigestores. A tecnologia começa a ser implantada em granjas da região Sul do Brasil, como em Monte Castelo (SC), onde o complexo pode ser encontrado numa granja de 3.000 suínos. O equipamento produz adubo orgânico ou organomineral em poucos minutos e em grande quantidade.
Na verdade, a nova tecnologia, que chega ao mercado com a marca "Dejgran", uma combinação de "dejeto" e "grânulo", esteve sob estudos e ajustes nos últimos três anos, em um complexo experimental instalado em uma granja de suínos no oeste do Paraná. A nova solução resolve o problema do dejeto e gera renda extra ao produtor com a venda do adubo, produzido em grânulos, minutos após a primeira fase do processo, que é a separação de sólidos e líquidos. Permite também aumentar a produtividade agrícola, com o uso do adubo orgânico ou organomineral, reconhecidamente de alto poder de fertilização.
Experiência em campo
Numa propriedade em Rio Verde (Goiás), pesquisa da Embrapa, feita em conjunto com a Universidade Federal de Goiás, visando à recuperação de pastagens com a utilização de dejetos de suínos, mostrou que a adubação de Brachiaria brizantha cv. Mandaru, com doses crescentes de dejetos de suínos, trouxe um incremento de 156% na produção de matéria seca por hectare, e a qualidade da proteína na matéria seca melhorou 230%. Com base nos dados dessa pesquisa, realizada pelos mais competentes órgãos, os números falam por si no que diz respeito à eficácia dos dejetos suínos na recuperação de pastagens.
O mesmo ocorreu em outra pesquisa realizada pela Universidade Federal da Fronteira Sul, de Chapecó (SC), e pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), de Guarapuava (PR), a qual concluiu que o uso de dejetos suínos proporcionam resultados altamente satisfatórios, quando comparados a outras formas de adubação.
Por outro lado, vários organismos públicos e privados, nos últimos anos, têm realizado pesquisas sobre o uso de dejetos como fertilizante, nas mais variadas culturas. Em 2009, em Cascavel, por exemplo, a Embrapa, junto com as cooperativas da região oeste do Paraná e técnicos da Coodetec e do Iapar, promoveu reunião para apresentar resultados dessas pesquisas e propor soluções aos problemas dos dejetos da suinocultura. Tais pesquisas mostraram que o adubo organomineral é o fertilizante mais eficiente, superando o químico e o super simples.
Os técnicos concluíram ainda que a utilização do biofertilizante fecha o ciclo do resíduo animal gerado em uma atividade, transformado em potencial insumo para outra, no caso, a agricultura. Dessa forma, é possível integrar o potencial produtivo disponível na propriedade, numa produção sustentável, com proteção ecológica associada à geração de mais renda e maior crescimento econômico às propriedades rurais. Para isso, já em 2009 foi proposta a instalação de indústrias granuladoras de dejetos para produção de biofertilizante para posterior armazenamento, transporte e uso em plantadeiras no plantio direto.
Porém, dois fatores inviabilizavam qualquer tecnologia nesse sentido: a morosidade no processo e a questão econômica. Antes de ser granulado, o dejeto deveria passar por compostagem, que leva de 120 a 180 dias. Na questão econômica, o custo tornava inviável qualquer projeto, pois a planta, contemplando a construção civil, equipamentos e depósito, em valores da época, foi orçada em R$ 26 milhões.
Entidades apoiam nova tecnologia
As associações de criadores de suínos do Paraná e de Santa Catarina já manifestaram apoio à nova tecnologia, indicando esse novo conceito, pois fortalece a suinocultura e proporciona renda extra ao produtor com a venda do adubo. "Com a evolução da atividade, é preciso que a suinocultura seja sustentável em todos os aspectos. Nesse caso, temos uma alternativa que tira o rótulo de vilã do meio ambiente e transforma a suinocultura em uma grande aliada da preservação, além de significar fonte de renda a mais para o produtor, sempre prejudicado na questão dos custos de produção e do preço baixo do suíno", pontua Jacir Dariva, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS).
Para a suinocultura, a solução Dejgran também permite que os planteis sejam ampliados, sem prejuízos ao meio ambiente, pois os dejetos passam a ter uma destinação ambientalmente correta. O processo contribui ainda de forma direta para a baixa emissão de gases que provocam o efeito estufa, além de reduzir os maus cheiros na produção de suínos.
Como funciona a tecnologia Dejgran
Até o desenvolvimento final da nova tecnologia, foram três anos de ajustes no equipamento instalado na granja piloto, com várias tentativas, muitas sem sucesso na granulagem do adubo. Em outras tentativas, esfarelava-se o produto logo após a granulação. Foram necessários diversos testes em compostos agregados e após todos os ajustes, se chegou ao resultado almejado: adubo em grânulos poucos minutos após o início do processo em sistema contínuo, com alta produtividade por hora de funcionamento do equipamento.
O processo começa na saída da pocilga, onde é construído um reservatório para abrigar os dejetos sólidos e líquidos produzidos na granja, de acordo com o número de animais. O conteúdo do reservatório é homogeneizado e então liberado para um equipamento que separa até 65% dos dejetos sólidos, incluindo os pelos dos animais, num índice bem superior ao apresentado pela melhor tecnologia disponível até hoje no mercado, liberando apenas o líquido para os biodigestores ou lagoas de decantação.
Durante o processo, os dejetos recebem aditivos de outros compostos e são encaminhados ao granulador e posteriormente aos secadores, de onde são transportados para silos resfriadores, com o adubo pronto para sua utilização em plantadeiras, espalhadores ou armazenamento em sacas, bags e silos, ou para transporte a granel. Como é usada cama de aviário na composição do adubo, isso aumenta a capacidade de cada complexo instalado. Por ser granulado, o adubo permite que em um mínimo de umidade do solo já se consiga resultado imediato como fertilizante.
Fonte: Assessoria de Imprensa